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Correlação entre Doença Aterosclerótica Carotídea clínica ou sub-clínica em pacientes portadores de Doença Aterosclerótica Coronariana

CORRELAÇÃO ENTRE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CAROTÍDEA CLÍNICA OU SUB-CLÍNICA EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA ATEROSCLERÓTICA CORONARIANA

XIII Congresso Sul Brasileiro de Cardiologia e XI Congresso Catarinense de Cardiologia, 2010.

Siegmar Starke, Antonio Carlos Paes Loureiro, Charles Luiz Vieira, Marco Hebertt Alcântara Santos, Juliana Leal Rocha, Karinna Filippi, Allan Patrick Santos.

INTRODUÇÃO: O espessamento da camada média-íntima tanto das carótidas como de outros sítios arteriais e de ateromas constitui-se em um processo em comum, resultado de reação inflamatória e deposição de lípides. Sua identificação é útil para prevenção secundária de eventos isquêmicos e para adequada estratificação de risco. OBJETIVO: Avaliar a coexistência de espessamento da camada média-íntima (EMI) das carótidas e ou a presença de placa aterosclerótica carotídea (PAC), em pacientes portadores de Doença Aterosclerótica Coronariana (DAC) num serviço de atendimento terciário. MATERIAL E MÉTODOS: Foi realizado estudo retrospectivo dos laudos de cineangiocoronariografia e Eco-Doppler de carótidas dos pacientes atendidos no centro de cardiologia CardioPrime (Hospital Santa Catarina de Blumenau/SC), no período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2010. Foram incluídos no estudo somente pacientes que eram portadores de DAC e que haviam sido submetidos ao Eco-Doppler de carótidas. Foram classificados como portadores de DAC aqueles pacientes que apresentavam pelo menos uma lesão aterosclerótica coronariana com o mínimo de obstrução de 50% do lúmen. O Eco-Doppler de carótida foi realizado com iE33 Philips 3D e a determinação da EMI foi obtida na carótida comum distal (1-2 cm proximal à bifurcação carotídea) e na carótida interna, bilateralmente. Um total de 176 indivíduos foram selecionados e classificados em 3 grupos: (A) pacientes sem PAC e sem alterações no espessamento da íntima (EMI £ 0,8 mm); (B) pacientes com EMI > 0,8 mm e (C) pacientes com PAC, com % de redução da luz do lúmen de qualquer magnitude. O grupo C foi subdividido em 2 subgrupos: (C1) pacientes com PAC com redução da luz do lúmen < 50% e (C2) pacientes com PAC com redução da luz do lúmen ³ 50%. RESULTADOS: Dos pacientes analisados, 27% eram mulheres e 73% homens, com idade 63±9 anos (35 a 88 anos) 11% apresentaram ausência de PAC e de alterações no EMI (grupo A). A presença de EMI > 0,8 mm foi identificada em 70% dos pacientes (grupo B). Aproximadamente 80% dos pacientes foram classificados no grupo C. Dos pacientes classificados no grupo C (n=139), 86% apresentaram PAC com redução da luz do lúmen < 50% (grupo C1) e 14% possuíam PAC com redução da luz do lúmen ³ 50% (grupo C2).

CONCLUSÃO: A identificação de placas ateroscleróticas carotídeas ou de espessamento da camada média-íntima nos pacientes com DAC avaliados demonstrou uma evidente relação entre doença aterosclerótica carotídea e DAC.

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