Cintilografia ajuda a diminuir morte por doenças cardíacas em mulheres
Estudo levou em conta estatísticas da Organização Mundial da Saúde que revelam que a doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de mortalidade no mundo, sendo que 80% das mortes ocorrem em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Um artigo do cardiologista Mário Sergio Julio Cerci, da Quanta Diagnóstico e Terapia, sobre a cintilografia de perfusão miocárdica como um forte agente de morte por doença arterial coronariana (DAC) em mulheres, constatou que a cintilografia de perfusão miocárdica-tomografia computadorizada por fóton único ajuda a melhorar a quantificação do risco de mortalidade em mulheres.
O autor levou em conta estatísticas da Organização Mundial da Saúde que revelam que a doença arterial coronariana (DAC) é a principal causa de mortalidade no mundo, sendo que 80% das mortes ocorrem em países em desenvolvimento, como o Brasil. Até 2030, a organização prevê um aumento entre 120 a 137% das mortes por DAC nos países em desenvolvimento.
Cerci explica que existem muitas lacunas no conhecimento, compreensão e reconhecimento geral do infarto agudo do miocárdio em mulheres, mesmo em países do primeiro mundo. Os grandes estudos de avaliação no diagnóstico e tratamento são obtidos com população predominantemente masculina (cerca de 70%). Por isso, a importância de fazer um levantamento como esse, com mulheres e de um país em desenvolvimento, em que as pesquisas com esse público são ainda mais raras.
A pesquisa foi realizada na Quanta Diagnóstico e Terapia, com 2.225 mulheres, entre os anos de 2004 e 2008. Entre os resultados, a adição do exame CPM-SPECT ao diagnóstico clínico mostrou que este exame permitiu melhorar a previsão do risco real de mortalidade das pacientes de 46 para 61% para alto ou baixo risco.
Segundo Cerci, a avaliação com CPM-SPECT acrescenta informação prognóstica significativa para o diagnóstico e tratamento adequado da doença arterial coronariana, indicando a necessidade de tratamentos mais invasivos para as de alto risco e poupando as pacientes com baixo risco de realizarem tratamentos agressivos.
O estudo contou também com a ajuda dos médicos Juliano Cerci, diretor do Serviço de PET/CT da Quanta Diagnóstico e Terapia; João Vítola, diretor geral da Quanta Diagnóstico e Terapia; Carlos Cunha, diretor clínico da Quanta Diagnóstico e Terapia; Rodrigo Julio Cerci, da Johns Hopkins University School of Medicine, EUA; Evelinda Trindade, do Instituto do Coração de São Paulo; Dominique Delbeke, da Vanderbilt University Medical Center, EUA e do cardiologista Cláudio Pereira da Cunha, da Universidade Federal do Paraná.
Fonte: Saúde Web